quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Funk Gospel

Ouvindo um certo pregador neopentecostal num programa de rádio, fiquei estupefato ao contemplar a banalização do dons de línguas. O pregador eufórico falava em línguas ritmado por uma batida que chamei de "batida das línguas".
Era, na verdade, uma manipulação carismática de péssimo gosto, que levou-me a uma reflexão e uma viagem no tempo e lembrei-me do filme "Hair" que retrata o psicodelismo e o mantra Hare Krisna dos anos 70.
Esta batida do pós pentecostal ridículo é o retrato falado do mantra Hare Krisna. Ricardo Gondin chama esta liturgia de cocaína evangélica, onde seus seguidores estão dopados ou, na verdade, chapados e cheios de alguma coisa, que é tudo, menos santo.
Estão exorcizando o Espírito Santo a seu bel prazer e fazem dele uma cobaia litúrgica. Tozer chama esses malucos belezas pentecostais de adoradores barulhentos, que usam o nome de Deus em vão.
Esta apelação neogospel exacerbada e de cunho homocêntrico cultua tudo, menos Deus, pois nesta loucura alucinógena, os pseudoadoradores entram em verdadeiro transe psicótico. Na verdade este é o grande lance da transloucura-psicoespiritual patológica que faz desse culto, que na verdade deveria ser um culto ao Divino, uma parafernália muito doida.

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